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domingo, 12 de julho de 2009

ENFERRUJADINHA

JULIA MOITA
Minha mãe sempre gosta de contar essa historia e eu adoro! Eu sou a mais nova e tenho uma irmã, só que ela não nasceu ruiva.Minha mãe conta que foi parto cesariana e logo depois que eu nasci, quando a enfermeira me colocou nos braços dela, ela ainda estava meio desligada devido a anestesia, então ela perguntou para o médico muito preocupada comigo e sem entender: " Doutor, tem barro no cabelo da minha filha" rsrsrsrs ela nao entendia que eu era ruiva e que meu cabelo era muito vermelho da cor de barro então o medico foi explicar p ela.Em seguida ela riu e sempre adora me contar isso e acho muito engraçado, fico só imaginando a cena!!Fiquei maior e começaram a aparecer sardinhas e quando eu ia para a praia meus pais tinham que passar protetor solar até no couro cabeludo, porque se não ficava ardido de sol e meu pai sempre dizia que eu tinha sardinhas ou por que gostava de tomar banho de sol com a peneira ou por que tomava banho e não me enxugava direito e ficava enferrujadinha.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

PEDRO CONTA COMO TUDO COMEÇOU


Um baita incentivo. Pedro conta como começou a peça "Os Ruivos" . Faça desse palco o seu espaço para contar histórias sobre ruivos.


Ruivos e não ruivos podem escrever.

Leia o próximo post.
obs: A história do pedro não faz parte de nosso concurso. ( A história com mais comentários ganha uma camisa e poderá ser encenada. Mande a sua história)

COMO TUDO COMEÇOU

Pedro Monteiro

Há dois dias nós comemoramos oito meses de temporada, com 113 apresentações ao todo da peça "Os ruivos..." Pra mim e acredito que também para todas as pessoas envolvidas nessa iniciativa, são números que nunca nós imaginávamos chegar. Às vezes é até difícil responder como começou esse negócio todo. A primeira coisa que lembro e isso nunca vão esquecer, foi quando fui aprovado pra fazer uma campanha publicitária de uma empresa que fabrica pizzas e na hora que entrei dentro set, com figurino no corpo, contrato assinado e tudo pronto para o “ação!” do diretor, o assistente me procurou querendo saber se eu me chamava Pedro Monteiro, na hora respondi: Sim claro. Ele pede pra esperar e depois retorna com a mesma pergunta e eu já um pouco preocupado, falo: Sim eu sou o Pedro Monteiro e qual é o problema? Aí o rapaz me manda essa: Desculpa, tivemos um probleminha, o personagem “garoto” é para ser feito por um ator negro. Agora, sentado na minha cadeira para escrever isso no blog, consigo lembrar que a primeira coisa que fiz foi rir de nervoso, segundo comecei fazer aquelas perguntinhas, tipo: Como assim? Tem certeza? Isso é uma brincadeira? Ao mesmo tempo em que tentava segurar, sem sucesso, uma lágrima que insistia em cair do meu olho. Dias depois sou informado o que aconteceu. Na hora da escolha final, que estavam eu o outro ator, que por sinal era negro mesmo, foi escolhido o outro, só que o assistente (aquele mesmo que veio me dá a notícia) se enganou e criou essa confusão toda. Agora pergunto: ruivo não come pizza? Depois desse episódio aí que não dá vontade de comer mesmo. Aí eu juntei todos aqueles apelidos que só nós ruivos conhecemos, pois estamos cansados de ser chamados de: russinho, sardentinho, alemão, ferrugem, arroto de Fanta, inferno na torre, tocha olímpica, cabeça de fósforo, curupira, água de salsicha, cenourinha e mais a vontade de fazer um trabalho bacana, pois não agüentava mais só fazer papel de “nerd”, peça infantil e papel de “nerd” Daí chamei o Leonardo Neves, meu amigo de escola e depois de dois anos e meio conseguimos estrear a Peça “ Os ruivos...”


Muito obrigado a todos que já foram assistir a nossa peça, ruivos ou não. Obrigados todos que visitam o nosso blog pra saber um pouco mais sobre os ruivos e também mandar coisas sobre ruivos pra cá e um obrigado enorme ao meu Deus ruivo, pra mim Deus é ruivo e disso ninguém me convence ao contrário, por tudo que aconteceu com essa nossa iniciativa.


Ah! Se alguém souber de algum apelido manda pra cá pra eu incluir na peça. E aqui em baixo dois filmes de campanhas publicitárias que fiz um, um, um...NERD!!!!!


Ass: Pedro Monteiro

NERD AMERICANO

ZÉ RUELA

quarta-feira, 1 de julho de 2009

MANDE UMA HISTÓRIA RUIVA


Venha fazer parte do Movimento dos Ruivos, mande a sua história para o nosso e-mail:osexcluidos2008@gmail.com, com o título: Ruivos têm histórias pra contar. A história que tiver o maior número de comentários, até 1 de Agosto, vai ganhar uma camisa da peça Os Ruivos.

VEJA A LIDYA PARTICICPANDO. COMENTE.

RUIVA OU UM E.T. - EIS A QUESTÃO??

Lydia Freitas
Realmente ser uma criança ruiva é uma questão traumática, cresci sendo apontada na escola, sendo a diferente, ouvindo nos corredores quando eu passava a música do "Tim Tones", sendo chamada de "foguinho", "água de salsicha" e tantos outros apelidos que me causavam constrangimento, sem que eu soubesse me defender ou explicar a minha origem. Sem contar a falta de referência, meu irmão respondia que sim quando perguntavam se éramos irmãos, mas explicava que eu tinha sido trocada na maternidade, eu ria, mas no fundo me questionava, tentando buscar alguém que se parecesse comigo. Minha mãe é morena de olhos verdes e meu pai também tinha cabelos pretos, olhos azuis e pele bem clara, mas ruivos mesmo, nunca vi nenhum na minha família, nem fotos, diz a "lenda" que eles existem mas eu nunca os vi, isso me preocupava.
Hoje, confesso a vocês que me orgulho de ser ruiva, o cabelo comprido até a cintura e ruivo continua me fazendo ser a diferente em todos os lugares, mas acho isso bom, chamo a atenção, e quase todos os dias ouço perguntas diferentes, mas sei exatamente como responder.
Certo dia estava vendo a vitrine de uma loja com uma amiga, quando a vendedora se aproximou.
Não falou nada, mas ficou parada ao meu lado só olhando, sabe aquele olhar de espanto?? Analisando tudo, me olhando dos pés a cabeça, bem mais a cabeça, rs..rs.., até que depois de alguns minutos me perguntou: ...deve ser legal ser assim né??? Minha amiga, na hora olhou pra mim com um olhar de espanto, sem entender, eu, olhei pra vendedora, olhei pra vitrine, olhei pra minha amiga e continuei como se não estivesse entendido o que ela falou, mas já imaginava do que se tratava. Minha amiga, sabendo das minhas respostas, logo disse pra que fossemos embora, mas eu continuei a olhar a vitrine. A vendedora, não satisfeita, me disse mais uma vez: ...realmente deve ser muito legal ser assim...como você se sente, como é ser assim??. E ficou aguardando ansiosa minha resposta, como se eu fosse algo inusitado que ela visse pela primeira vez. Eu, sem alternativa, perguntei a ela: Deve ser legal ser assim, como??? e ela prontamente me respondeu: ...SER DIFERENTE, COM ESSE CABELO DESSA COR!!!... eu, sem palavras, me sentindo um E.T.., olhei pra minha amiga e falei, vamos. E a vendedora ficou olhando e me analisando. Realmente me senti um extraterrestre, mas faz parte, ser ruivo é ser diferente, é ser original, único e hoje, na fase adulta, feliz por ser assim. Ser ruivo, pessoal, é ser diferente, mas somos desse planeta apesar de sermos raros tá??
Beijinhos.

Lydia Freitas - São Paulo - SP